quinta-feira, 8 de abril de 2010

Antecedentes da revolução



Nas primeiras décadas do século XX, a Rússia ainda era um país essencialmente agrícola. Apesar disso, sua modernização havia iniciado com o czar Alexandre II (1855-1881). Em 1861, o monarca russo aboliu a servidão, tornando os camponeses cidadãos livres com direito de recorrer à justiça, à propriedade pessoal de bens e serviços, além de dispor livremente de seu trabalho. Em parte, essa iniciativa procedeu da necessidade de a Rússia ingressar no rol dos países industrializados. Para isso, precisava pôr fim ao sistema feudal russa soava como um atraso no contexto industrial e imperialista, que caracterizava a maioria das potências europeias naquela época. Dessa maneira, as reformas realizadas pelo czar deram início ao desmantelamento da nobreza, aboliram as antigas relações patriarcais e facilitaram a passagem para o desnvolvimento burguês.

Delinearam-se, assim, os contornos de uma nova sociedade, ainda que o czar permanecesse como repressentante das elites, privilegiando a classe dominante no âmbito político.

Diante dessa realidade, boa parte da população desejava a modernização política da Rússia, mediante a ruptura do despotismo e a transição para um governo mais democrático (constitucional e parlamentar) nos modelos do que ocorria nos demais países europeus.

O assasinato de Alexandre II por um grupo de terroristas interrompeu o processo de transformação. Os reinados dos soberanos seguintes foram marcados pelo retrocesso antirreformista. Em decorrência, sucederam-se atentados, greves operárias e reivindicações para se chegar a um governo representativo. Na virada do século, o absolutismo russo demonstrava evidentes sinais de falência.